Dentre os muitos segmentos afetados pela pandemia de covid-19, o turismo certamente foi um dos mais prejudicados (isso se não tiver sido o mais prejudicado). Além de todos os efeitos negativos causados ao setor durante a pandemia (e que ainda estão se fazendo presentes até a data em que escrevo este texto), é fato que após a tempestade passar, algumas mudanças importantes serão verificadas, muitas de forma permanente, principalmente no que se refere ao comportamento dos viajantes e aos estilos de viagens que serão predominantes daqui pra frente.

Pensando nisso, fizemos uma lista com 5 tendências de viagens que acreditamos que ganharão espaço no cenário pós-Covid, com todas as mudanças culturais e de hábitos que a pandemia inevitavelmente trouxe. Vale ressaltar que não se trata de falar sobre dicas de viagem DURANTE a pandemia, tema já extensamente abordado (lugares isolados, natureza, roteiros de carro perto de casa…), mas sim de tentarmos entender, através de nossa experiência e visão, o que se fortalecerá quando tudo isso passar e finalmente for possível viajar para qualquer lugar do mundo, agora sob as mudanças psicológicas, culturais e sanitárias que a pandemia nos obrigou a enfrentar.

Lembrando que esta lista é de caráter estritamente pessoal, expressando unicamente minha opinião, baseado em experiências próprias e em relatos de clientes da Planejante. Não se trata de estabelecer verdades absolutas, mas sim de analisar contextualmente tudo que vi, ouvi e pensei nestes tempos de pandemia.

Estes são os comportamentos e estilos de viagem que se fortalecem, em nossa visão:

1. ROAD TRIPS DE CARRO

Um estilo de viagem que sempre AMAMOS, desde muito antes da pandemia. E que sempre buscamos incentivar. Viagens de carro trazem tudo aquilo que ficou em voga durante estes tempos de isolamento: liberdade, privacidade, individualidade, e flexibilidade. Por mais que alguns lugares possam ser acessados por outros tipos de transporte, só a locomoção sobre quatro rodas permite chegar a vilarejos escondidos no interior da Europa; a cidadezinhas estilo Velho Oeste no meião dos Estados Unidos; e a alguns refúgios da natureza. Guiar seu próprio veículo, sem depender de excursões em ônibus enormes ou de aglomerações em transporte público, além de permitir um isolamento natural, também é a melhor forma de destrinchar e conhecer de verdade um país ou uma região, de maneira flexível, no seu ritmo. Fora que, muitas vezes, a estrada já é o próprio passeio. Como diz o lema da Planejante: mais importante do que o destino, é a jornada!

2. PLANEJAMENTO MAIS INTENSO

Após tanto tempo presos, sem nossa liberdade plena de ir e vir, devemos sair dessa pandemia vacinados, e valorizando cada vez mais toda e qualquer viagem que fizermos. Se antes já havia um cuidado especial na hora de montar um roteiro, este cuidado agora será redobrado. Não só vamos procurar programar nossos dias durante a viagem, como também vamos querer estudar todas as variáveis envolvidas: e se houver alguma intercorrência e alguma atração de repente fechar? E se alguma cidade do meu roteiro de repente ficar com acesso bloqueado por algum motivo? Quais são as políticas de remarcação e cancelamento dos meus voos e dos hotéis reservados? O que antes era algo complexo, agora ficará ainda mais. E não precisamos nem falar que contar com a ajuda de especialista em roteiros personalizados nessas horas é o melhor investimento!

3. VIAGENS MAIS EXCLUSIVAS

Individualização é uma palavra que, na nossa opinião, representará bem o legado pós-pandemia. E no turismo não poderia ser diferente: com a imagem de surtos de covid ocorridos em locais de grande concentração de pessoas (como alguns grandes navios de cruzeiros), e com alguns ensinamentos extras trazidos por toda a situação que vivemos (entre eles, o de que realmente é impossível saber como será o dia de amanhã), a tendência é que os viajantes busquem experiências mais exclusivas, moldadas ao seu gosto e ao seu perfil. Afinal, já que o futuro é imprevisível, não podemos ficar adiando nossos sonhos, não é mesmo? Por isso, acreditamos que, cada vez mais, as pessoas irão atrás de jornadas que tenham a sua cara. E para que isso aconteça, é preciso investir em algumas coisas que antes ficavam fora do radar de alguns turistas, como hospedagem em hotéis-boutique; guias particulares em destinos exóticos, sem precisar dividir um passeio padronizado com desconhecidos; além de experiências “like a local”, que vão além do senso comum, saindo do circuito turístico. Claro que isso pode, às vezes, acarretar em um gasto um pouco maior, mas aí é uma questão de custo-benefício: muitas vezes, vale mais a pena fazer uma viagem mais curta, porém com mais qualidade. Por fim, uma viagem mais individualizada sempre demanda um grau maior de planejamento. E é para isso que serve a Planejante 😉

4. HOTÉIS-BOUTIQUE

Não temos absolutamente nada contra hotéis enormes, estilo resort. Embora não façam muito nosso estilo em particular, eles costumam ser boas opções para famílias com crianças e grupos grandes, por exemplo. Mas já que estamos falando de tendências de viagens pós-covid, não podemos deixar de abordar os hotéis-boutique. Em português claro: hotéis menores, com poucos quartos, e principalmente, com uma proposta única de hospedagem, totalmente integrados à cidade onde estão localizados. Nós sempre adoramos! E ao contrário do que muitos pensam, hotéis-boutique muitas vezes possuem preços similares, ou até menores, aos hotéis de grandes redes. Está é, sem dúvida, uma excelente forma de promover um turismo mais sustentável, proporcionando ainda uma experiência diferente de hospedagem, que você não consegue encontrar em outros lugares.

5. FLEXIBILIDADE (RESERVAS REEMBOLSÁVEIS OU REMARCÁVEIS):

Antes da pandemia, era extremamente comum que a maior parte dos viajantes preferisse reservas as tarifas com menor valor, seja ao comprarem a passagem ou ao reservarem um hotel. Algo absolutamente natural, já que a diferença de preço geralmente se referia apenas à flexibilidade para eventual alteração ou cancelamento da viagem. E até então, todo mundo considerava que esta chance era mínima. Mas aí veio a pandemia e deu uma chacoalhada em tudo. E as pessoas viram (muitas vezes na marra, infelizmente) que reservar a tarifa mais barata, aquela que não dá direito a reembolso algum, nem a nenhuma remarcação, nem sempre é um bom negócio. É verdade que muitas empresas do setor, como alguns hotéis, tiveram extrema boa vontade e empatia; mas algumas outras preferiram adotar a antipática postura de se ater às normas contratuais. Que fique como lição: quem tem reservas com políticas mais flexíveis de cancelamento ou remarcação, sempre vai largar na frente em situações inesperadas que demandem a desistência ou o adiamento de uma viagem (seja por motivos pessoais ou pandêmicos). Vale a pena pagar um pouco mais caro para ter essa tranquilidade.

E você, concorda com nossa análise?

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